Redação
25 junho 2015 | 13:00
Mauricio Ramos Thomaz, que se apresenta como consultor, alega que ‘existe uma ameaça concreta’ de que o ex-presidente pode ser preso
Mauricio Ramos Thomaz
Por Julia Affonso, Fausto Macedo, Ricardo Brandt e Valmar Hupsel Filho
Mauricio Ramos Thomas, de 50 anos, residente em Campinas (SP) se
apresenta como consultor. Na tarde de quarta-feira, 24, ele entrou com um pedido de habeas corpus preventivo para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A medida, segundo ele, busca impedir que o petista seja preso, caso
alguma ordem neste sentido seja expedida contra o ex-presidente no
âmbito da Operação Lava Jato.
“Quando os advogados não conseguem resolver certos problemas, eles me chamam”, afirma.
Ele contou que já havia impetrado um habeas corpus em favor do
ex-diretor da área Internacional da Petrobrás Nestor Cerveró. Diz ainda
que estudou ingressar com o mesmo pedido em favor do ex-tesoureiro do PT
João Vaccari Neto. Ambos estão presos na Lava Jato, por suspeita de
corrupção e lavagem de dinheiro.
No caso de Vaccari, o consultor afirma que desistiu, porque o petista
tem como defensor o criminalista Luiz Flávio Borges D’Urso.
ESTADÃO: O sr. pediu habeas corpus para o ex-presidente Lula?
MAURICIO RAMOS THOMAZ: Sim, fui eu que pedi.
ESTADÃO: Por quê?
MAURICIO RAMOS THOMAZ: Basicamente, porque eu sou
paranaense, mas odeio o Paraná. Eu tenho vários casos no Paraná e todos
os casos no Paraná tem maluquice. Todos os meus casos no Paraná tem
maluquice, seja eu com autor, seja eu como réu. Não réu penal, réu
civil. Existe uma ameaça concreta de que o Lula pode ser preso. O Sérgio
Moro já atuou no Mensalão, caso você não saiba.
ESTADÃO: Conhece Lula?
MAURICIO RAMOS THOMAZ: Apertei a mão dele uma vez em 1982, 1983, sei lá o quê.
MAURICIO RAMOS THOMAZ: Não. Eu voto no PT e voto
sempre no Ivan Valente, do PSOL. Mas veja bem, não tem nada a ver (o
habeas corpus) com política, não. Quando eu acredito numa coisa, eu faço
a coisa, entendeu? Eu já fiz para várias pessoas, de graça. Quando eu
acredito, eu faço.
ESTADÃO: Já tinha pedido habeas corpus para outras pessoas?
MAURICIO RAMOS THOMAZ: Eu tinha pedido para o Nestor
Cerveró. Impetrei e está para ser julgado. Só que estão dando um
jeitinho lá, como estão dando um jeitinho no Supremo. Ninguém sabe essas
coisas. A única pessoa que conseguiu alguma coisa no Mensalão fui eu.
Mas ninguém sabe disso.
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