Comentarista relembra cobertura da Guerra das Malvinas, quando teve a oportunidade de entrevistar grandes nomes da política mundial.
O general Galtieri levantou o risco de se provocar um risco maior no Cone Sul. No dia em que o secretário de estado Alexander Haye estava na Argentina para falar com ele, o mesmo foi à missa e o chanceler argentino fazia um acordo com a União Soviética, abrindo para barcos de pesca soviéticos a área das Malvinas.
E descobri um “operativo rossario” que era invadir as ilhas de Bigo, no Chile, após a invasão das Malvinas. Fui até o país, entrevistei o general Pinochet e ele me disse: “Nosso exército está na Cordilheira, nossa Marinha está o sul por causa disso”.
Podia haver uma guerra tremenda. No dia que o secretário de estado esteve na Casa Rosada, sede do governo argentino, fiquei esperando a saída dele em um helicóptero, no terraço. Quando ele voltou da conversa com Galtieri, perguntei sobre como havia sido a conversa e ele me respondeu: “Ele é um bêbado”.
Foi muito difícil cobrir a guerra porque o governo argentino queria que os jornalistas revelassem apenas a parte oficial. Fui ameaçado e perseguido, mas, em compensação, a rainha da Inglaterra me deu uma ordem do império britânico.
Fonte: G1
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